sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Teatro da Paz
Bom demais

Achava muito estranho
Com tanta mulher bonita
Alguém se jogar da cobertura
Do Manoel Pinto da Silva
Enquanto eles se jogavam de lá,
Eu me atirava sobre alguma morena passante
Enquanto o sujeito se esborrachava
No asfalto da Presidente Vargas
Eu desfiava um poema do Vinícius no Bar do Parque
Tomando do tacacá só o tucupi
E cerpinha gelada
Depois descia a Ó de Almeida
E ia até ao final da Quintino
Para sentir as rosas da Phebo
A seguir entrava na 28 até o número 100
Só para provocar ciúmes a uma antiga namorada
Que me trocara por um sujeito de terno e sapatos
De couro de jacaré, que caminhava marcando onze e quinze
Lambuzava-me com cachorro-quente
E acabava a noite nas Docas
Contando estrelas
Ouvindo histórias
Prometendo nunca mais deixar
Belém do Grão Pará

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