sexta-feira, 31 de julho de 2009

Poesia na rua

Eu sou o sujeito de verde, lançando o livro "O sargento nu".

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A doutora contorcionista

Encerrado o expediente, os sócios Madame X e Senhor Y, resolveram comemorar a milionária ação ganha pela dupla. No frigobar havia uma garrafa de excelente vinho do Porto e queijo Roquefort, nem quiseram saber se combinavam, o vinho e o queijo, claro, porque os dois estavam pra lá de combinados.
_ Que calor, caro colega – Dizia a Madame X, casada de pouco.
_ Desliguei o ar de propósito, para você ficar com calor e tirar esse terninho. Aí embaixo deve ter algo muito mais interessante – Disse o doutor Y.
Não é que deu certo. Ou o vinho, ou o calor fizeram com que a doutora X se livrasse não só do terninho, mas até da peça mais íntima. Os dois estavam caminhando para ... para .... isso, para os finalmente quando a campainha do escritório toca. Lentamente, pé sobre pé, o doutor foi dar uma espiada no olho mágico. Do outro lado, sorriso de gato de desenho animado, a esposa do Senhor Y, toda faceira. O clima esfriou rapidamente, nem precisou de ar-condicionado. Olhou para a sócia e, cara de não-sei-o-que-faço-agora, falou, baixinho, bem bai-xi-nho:
_ Minha mulher.
O desespero tomou conta da sócia, que ainda tentou colocar a roupa mas de tanto que tremia não conseguiu. Foi aí que o advogado, que não tem idéias somente para o fórum jurídico, mas as têm para o fórum em geral, mandou que a amante entrasse numa caixa vazia um televisor de 29 polegadas, que havia chegado à tarde ao escritório. A amante entrou, o amado mandou todas as roupas atrás. Em seguida, veloz com se saca um mandado de pagamento, colocou rapidamente a roupa e foi abrir a porta, na maior naturalidade.
_ O meu dentista não veio – disse, sorrindo, como se o marido fosse o dentista.
_ Que bom, ainda estou trabalhando. Um caso complicadíssimo. A doutora está me ajudando – Falou.
- Onde está, que não a vejo – Perguntou a mulher.
_ Está dentro daquela caixa. Ela leva tudo muito a sério. Parece que desmaiou com esse calor. Pode sair, colega! – Pediu o Senhor Y.
Até hoje o Senhor Y não sabe como foi que a colega conseguiu se vestir dentro da caixa, se não era contorcionista.