segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Às vezes até eu penso que não existe
Mesmo morando ao lado
Ilha do Farol
Perpetuada pelo amigo J. Conde
Enamorado de Arraial
Que prova o seu amor da maneira
Mais amorosa
Como devem ser amadas
Todas as belezas
Preservando-as
Admirando-as
Amando de verdade
Amor sincero
Copartilhado
Amor sem egoísmo
Amor que só quem tem alma de artista
Sabe demonstrar.
www.almacarioca.com.br/conde/index0.htm

domingo, 30 de agosto de 2009

Ver-o-peso


www.senado.gov.br/mariocouto/turismo.asp

http://www.almacarioca.com.br/conde/index.htm

Quero voltar a Belém
Nada perdi por lá
Me perdi foi por cá
Em Belém me encontrei
Encontrei amores, amigos,
Que obrigado abandonei
Volto com o coração palpitante
Coração sem dono, errante
Que encontrará outros corações
Mas nenhum deles como antes
Amo Belém incondicional,
Embora tenha nascido em Arraial
Aqui, de tanto me ouvirem falar assim,
Não sabem mais de onde sou
Digo, “não sou”, eu vim
Agora quero poder dizer “voltei”
Não me importo que me digam que lá
Não é o meu lugar
O que importa é que não esqueço Belém do Pará.

sábado, 29 de agosto de 2009

Palavras para relaxar

Tenho pelas palavras, assim como por qualquer outra coisa, preferência por umas em detrimento a outras. De algumas, faço uso quase que diariamente. Ora por conta dos ofícios, ora por simples paixão ou devido ao curto vocabulário, cuja extensão não me atrevo a medir. Quem tem rico vocábulo não costuma repetir palavras, exceto, como falei, por amor.
Tenho um aluno que tudo pra ele é caô. Precisei ir aos dicionários para entender o significado, pois o próprio aluno me disse que “caô” era “caô”. Como a conversa não ia progredir, resolvi fazer o dever em casa. Não encontrei no Houaiss, edição de 2001, nem no Aurélio, edição mais antiga ainda. Desisti de procurar em outros e resolvi consultar o meu ex-professor Cláudio César Henriques, autor de vários livros de gramática (até hoje nega ser gramático), membro da Academia Brasileira de Filologia, meu personal (palavra na moda) philologystic (não está na moda, nem nos EUA). Segundo o filólogo, "caô" é papo furado, conversa fiada, algo em que não se deve acreditar. Confesso que imaginava ser exatamente isso, mas temia pelo resultado, que, como supunha, me deixaria frustrado. Quer dizer que em algum momento de minha aula, previamente preparada num final de semana, onde deixei de, no mínimo, brincar com o meu cão, joguei conversa fora? Fui um caozeiro, aquele que faz ou comete caô. Esperava que tivesse outras definições mais amenas, segundo Henriques, não as há. Fazer o quê, o jeito é mudar a forma de dar aula ou, o mais difícil, convencer o meu aluno que o termo, além de não estar na moda, é chulo, principalmente quando dito a um professor. Se ele disser que isso é caô, a mim só restará encaminhá-lo à direção da escola. Caozeiro, eu, imaginem.
Voltando à elas, palavras, adoro a palavra refestelado. Sei lá, parece que recostado somente não funciona, não relaxa o bastante, o suficiente. Me lembra, não me perguntem porquê, o João Ubaldo Ribeiro numa rede, na Ilha de Itaparica, relendo um dos seus romances. Mas refestelado é uma palavra fora de moda, nada usual. Os sinônimos repimpar-se, refocilar-se, esses então, nunca os ouvi; se os li, não me lembro. Não vou incomodar o personal philologystic com mais essa consulta, já encerrei a minha cota semanal, e nesse momento, o Cláudio pode estar refestelado no num sofá, assistindo à TV Escola, para ter assunto para o seu blog, se não for ele o assunto. Embora adore o adjetivo refestelado, já não gosto do verbo, só porque é pronominal. Não gosto de nenhum verbo pronominal. Os verbos pronominais parecem esses carros com um reboque. A impressão que tenho, associada ao medo, é que em algum momento vou colocar o reboque na frente do carro e provocar um acidente gramatical, embora saiba que nós brasileiros preferimos a próclise à ênclise, uma coisa que nos diferencia e muito dos portugueses. Com certos verbos, além de ser proibido, nunca funciona.
Cá para nós, refestelado é ou não é uma palavra bacana? No entanto, pouco a usamos, embora gostemos de nos refestelar. Olha ele aí, o maldito pronome, pedindo para ser atropelado.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Em Arraial do Cabo Galeria Central - em frente ao Caixa Eletrônico do Banco do Brasil


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

domingo, 23 de agosto de 2009

Para não dizer que falei de flores, não falo mesmo.

Gaivotas voltando para casa depois de um dia de vaias


Enquanto esperamos a tal da licença ambiental, para que o porto funcione plenamente e tenhamos a tão sonhada independência econômica, nós vamos criando alguns costumes que podem muito bem ser explorados por quem vende o turismo. É preciso mostrar ao estrangeiro que vem para Arraial do Cabo pensando que está em Búzios, que aqui tem outras atrações além das belas praias. Algumas dessas atrações até podem ser desfrutadas no período de inverno, com chuva fina e vento nem tanto. O que nos tiraria da dependência do verão. Faríamos turismo o ano inteiro.
Uma das atrações é o crustáceo decápode frigido na via pública, com direito a fumaça na cara. Pode até vir escrito assim no cardápio, vamos receber turistas chiques, adeus turistas de São Gonçalo e Baixada. Já vejo o turista, o chique, claro, voltando para o seu país com o rosto defumado, todo orgulhoso, nos cabelos, cheiro de fritura. Isso, minha gente, não tem na Europa nem na América, certamente há na África Subsaariana.
Outro lugar maravilhoso para levar o turista é onde se vende peixe na calçada. Lá o turista poderá comprar excelente pescado sem nenhuma higiene, dentro de caixas de isopor imundas, sobre calçadas idem. O peixeiro garante que o produto é fresco, mas ele dá essa garantia desde o momento que põe o produto no passeio público até a hora de ir embora. Quer dizer, se for embora no final da tarde, ele conseguiu o milagre de manter o peixe fresco, embora o tenha pescado dias antes.
Mas o turista não gosta somente de frutos do mar, ele quer ver coisas da terra, quer ver povão, cultura, que sentir o calor humano, o mau hálito, o bafo de pinga barata. Aí eu o levaria para ver os mamonas em frente ao estádio e na Praça Vitorino Carriço. Isso seria até uma fonte de renda para os próprios mamonas, que vivem de pedir 1 real para tomar aguardente. Acho que eles ganhariam o suficiente para comprar uísque White Horse . Quando se vai à Europa, o visitante aproveita para tirar fotos de ou com as figuras de aparência estranha que habitam o velho continente. Eu mesmo tirei fotos de punks londrinos, dos músicos na entrada do metrô em Nova York, das mulçumanas francesas. Arraial tem os mamonas e não sabe explorar esse potencial, fica esperando a volta da Álcalis, a verba dos royalties, o dinheiro do PAC, a ajuda divina. Parecemos os portugueses aguardando a volta de D Sebastião.
Outra coisa que dizem que fazemos muito bem é dar vaia nas gaivotas. Minha gente, isso é fantástico. Esse pessoal pode vaiar em francês, que seria mais ou menos assim: iuuuu, bem fraco, fazendo biquinho, mas sem boiolice; pode vaiar em russo: uuuushshshskkkkkkkkkáááááááááá, carregando bem no “Ká”. Enfim, vaiar nuns cinco idiomas e em alguns dialetos indígenas, o turista adora isso. Cobrar em euros e por vaia, ou por gaivota vaiada. Não pode vaiar a mesma gaivota duas vezes, é lógico, isso poderia parecer maus tratos com os animais, e aqui ninguém maltrata animais, só os cachorros.
Por falar em cachorros, eles ficam abandonados no lixão, Ninguém os visita, nem os protetores de animais. O gringo é muito bobo, tenho certeza que as vans que vêm de Búzios podem muito bem desviar a rota e passar na usina de reciclagem de cachorro, quer dizer, de lixo. Colocaríamos uma placa na entrada: CAMPO DE EXTERMÍNIO. Não precisa dizer que é de cães. Deixe-os pensar que é uma réplica de Auschwitz.
Já sei, os mais cépticos dirão que as medidas, principalmente essa última, vai estragar a imagem da cidade. E qual é o problema, estragará a imagem de Búzios, rsrsrsrsr.

sábado, 22 de agosto de 2009

Sobre asfalto podre e políticos tanto quanto ou mais.

Foto copiada do Blog

Se a moda gaúcha pegar.


Nesses tempos de chuva fina e vento sudoeste, um perigo, representado por um batalhão de inimigos, ronda as estradas de Arraial do Cabo/RJ: os incontáveis buracos. Os maiores prejudicados, que correm até risco de vida (ou de morte) são os motociclistas, justamente os que não contribuem em nada para fazê-los, pois o peso dos seus veículos não danifica nem o pior dos asfaltos. E buracos os há o suficiente, em tamanho, para tragar a roda de um pequeno motociclo. Eu mesmo já tive o pneu de uma motocicleta cortado numa dessas cavernas. Os pneus dos automóveis são mais largos, às vezes maiores e são em número de quatro. Isso não os afasta de um acidente e acidentes são imprevisíveis em todos os sentidos. Quem é o responsável pelo estado das pistas? Lógico que é o síndico. Mas estamos no Brasil. O síndico herdou essa maldita herança do seu antecessor, que herdou do antecessor do antecessor. Um deles foi irresponsável, sabemos disso, mas não é mais possível responsabilizá-lo. E o povo brasileiro adora recolocar o síndico, mesmo sabendo que sai muito caro, mesmo para quem não tem carro ou moto. O péssimo asfalto influi no preço das passagens dos ônibus, pois há um maior desgaste dos pneus. .
Já quis entender a lógica desse asfaltamento porcaria, mas desisti. Sempre achei que eles duram só quatro anos porque o síndico, ao término do seu mandato, terá a grande honra de refazê-lo, e isso gera emprego. Eu sou inocente mesmo. O meu negócio é poesia. Poesia lembra um coroa de cabelos brancos caminhando nas ruas de Arraial, nunca um Eduardo Alves da Costa, autor do lindo poema No caminho, com Maiakóvski.
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Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
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Enquanto o asfalto na Europa dura 40 anos, o brasileiro não emplaca decênio. Saindo um pouco de Arraial, em direção a São Pedro da Aldeia, podemos ver os estragos na nova pista construída pelo casal de Campos dos Goytacazes. Já aparecem remendos em toda a sua extensão. O meu raciocínio, nesse caso, parece coerente. Garotinho está se movimentado para vir candidato ao governo do estado. Vai perceber que o asfalto feito por algum amigo empreiteiro, que o ajudou (e vai ajudá-lo novamente) na campanha eleitoral, está se esfarelando. Não quero aqui culpar nem o empreiteiro nem Garotinho, a culpa é do asfalto, que é tão sem vergonha quanto o eleitor que reelege um síndico desse naipe para o seu país, o seu estado e a sua cidade, mas não o elegeria para o seu prédio.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Maquinal



Agora precisamos do Orkut para sermos lembrados
Do MSN para conversar
De um Blog pra nos vermos
O jornal é digital
O livro é virtual
Adeus ao sexo $#%#!#@

Ao sexo &%$#@
Até ao sexo normal
A qualquer tipo de sexo
Sexo, agora, é pela TV
Sem direito a VT
A música que ouço agora
Não é instrumental
É qualquer coisa nada musical
O que escrevo é qualquer coisa desprovida
De qualquer tipo de sentimento positivo
É frio
Amargo
Rancoroso
Maquinal
Retrato desse momento
Ainda chegará o dia
Que direi para a máquina:
Estou triste
Sai um poema alexandrino
Com quatorze versos
A máquina pedirá a senha
Em seguida dirá, com voz metálica, nasalada:
“Para sonetos digite três.”

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PROGRAMA CABO FRIO EM SOCIEDADE - LAGOS TV

Apresentadora Aretuza Nogueira - Luiz Vidal


As fotos do sarau estão no Orkut:

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Gruta do amor -Prainhas - Arraial do Cabo/RJ


J. Conde - Fotografias www.arraialdocabo.fot.br

sábado, 15 de agosto de 2009

Galeria Central - em frente ao caixa eletrônico do Banco do Brasil - Arraial do Cabo

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Online


Fez do computador um confidente
Saudade vinha, clicava,
Saudade ia, arquivava
Achava divertido
Tudo dava rima
Levava fama de poeta
Até ficar doente (como se já não o tivesse)
Depois de ser deletado
Computador, mouse e teclado
Mandou tudo pro lixo
Salvou, após imprimiu, apenas uma página
Justamente o que deveria ter há muito virado.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sem óculos, sem lentes

Deusa Lakshmi
Conheceram-se pela Internet. Diferente da maioria dos casais, esse não mentiu. Ele não era dotado de uma plástica facial muito apreciável, e ela era... era...digamos assim, bem dotada lipididinosamente, se é que existe essa palavra, pra não dizer gordinha. Viviam dizendo que tinham muita coisa em comum, mais coisas em comum que o vício no MSN e no Orkut. Meses depois marcaram um encontro numa lanchonete em Jacarepaguá, próximo ao Projac. Ele usaria calça jeans, mocassim terra, uma camisa polo, cor ocre, dessas com um jogador de polo bordado na altura do tórax, comprada na Uruguaiana; ela iria num belo sári vermelho, jóias imitando a deusa Lakshmi, com muitos adereços, kajal nos olhos, henna nos cabelos, brincos, anéis. Isso, caro leitor, isso mesmo, ia de "Caminho da Índias", mas alguma coisa dera errado, houve um desencontro e o encontro não houve. Na hora das explicaçoes, se é que entendi, mas quem deveria entender não era eu, era o namorado, ela disse ter deixado os óculos em casa, propositadamente, pois ficava bem melhor sem eles, mas sem eles não enxergava muito bem, nem de longe, e de perto, menos; ele, por sua vez, disse que chegou a ver alguém muito parecido com a descrição dada por ela, mas na verdade vira a Juliana Paes, esperando, talvez, o marido para um lanche, ou o Raj, para gravar alguma cena da novela. Ele tinha essa certeza porque a Glória Perez estava junto. "Era a Glória mesmo", afirmou a namorada, "mas a Glorinha, minha amiga do 206. Ambos riram muito do acontecido, e chegaram à conclusão que tinham mesmo algo em comum: eram cegos.

Pescadores - Arraial do cabo

Esse site traz notícias e belas fotos de Arraial do Cabo, vele a pena acompanhá-lo.
http://www.100pctarraialdocabo.com.br

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Visitem esse Blog, vale a pena. O Cláudio foi meu professor, um grande professor.
http://blogclaudiocezarhenriques.blogspot.com/

domingo, 2 de agosto de 2009

Muito sinceros


Reencontraram-se após dez anos:
_ Luiz?!
_ Emília?!
_Quanto tempo!
_Vc. Não mudou nada.
_Nem vc.
Dificil, caro leitor, isso não acontecer, algum tipo de mudança.
_Vamos ser sinceros, como sempre fomos?
_ Que ótimo, por isso te adoro.
_Menos, Emília. Não foi à toa que ficamos dez anos sem nos falar. Se vc me adorasse, teria ao menos respondido os emeios.
_Vc. tem uma opinião muito forte.
_Esse é o nosso forte. Falamos a verdade, doa a quem doer.
_ Vejo que você engordou, Luiz.
_ O casamento.
_ Casou de jovo?
_Não, o fim do nosso casamento. E você Emília, não conseguiu mesmo emagrecer.
Frase suficente para Emília ficar mais dez anos sem responder os emeios do Luiz.