quarta-feira, 9 de junho de 2010

Grafite carmim


A poesia não veio, é?
Abra a gaveta
Lamba um desses selos empoeirados
Guardados até quando
Se depois disso ela não vier
Corte os pulsos
Traspasse o coração com uma lapiseira de marca
Veja o próprio sangue escorrer na ponta do grafite
Mas antes deixe algum recado
Quem sabe, vem um outro e transforma esse seu recado em poesia, idiota
Vai, desloque a vírgula, se isso te dá prazer idiota.
Enquanto você não se define, se definha
Mas... não tem jeito mesmo.

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